1943 - O primeiro ônibus
No ano de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, tinha início uma das maiores e mais bem-sucedidas viagens da história das empresas de transporte rodoviário de passageiros no Brasil.
Naquela época, o jovem Abílio Gontijo, pilotando sua jardineira Chevrolet Comercial 1940, engatava a primeira marcha e acelerava rumo à construção da Empresa Gontijo de Transportes.
Nos primeiros anos a Gontijo era isso mesmo: uma jardineira, pilotada por um jovem de 19 anos, sacolejando, comendo e fazendo poeira no percurso Patos de Minas - Carmo do Paranaíba. Pegando todos e tudo que viesse pela frente.
1949 - Linha Belo Horizonte - Patos de Minas
A partir da década de 50, com o incremento do processo de industrialização do Brasil, a população passou a se deslocar do área rural para as cidades, e a indústria automobilística começou a crescer, trazendo juntamente com ela, o crescimento da malha rodoviária. Toda essa evolução criou condições propícias para a evolução das empresas de transporte de passageiros. A Gontijo soube aproveitar essa marcha da história, crescendo junto com o país, numa alucinante viagem de prosperidade.
Mas essa caminhada não foi nada fácil. Em 1949, o fundador da Gontijo decide transferir-se para Patos de Minas e consegue fazer a primeira ligação com Belo Horizonte. A empresa passou a fazer mais duas linhas: Belo Horizonte - Patos de Minas, via São Gotardo e Belo Horizonte - Patos de Minas, via Três Marias. Pouco tempo depois, mais uma conquista: a linha Patos de Minas - Pirapora.
1965 - Mudança da sede para Belo Horizonte, com a implantação da linha Belo Horizonte - Teófilo Otoni.
Apesar das dificuldades, Abílio Gontijo sabia que tinha de prosseguir sua viagem. Embarcou em um dos seus ônibus e mudou-se para Belo Horizonte, em 1965, quando a capital mineira ainda era uma cidade de médio porte e de vida pacata, e alugou uma sala no bairro São Francisco, onde passou a funcionar sua empresa.
A vinda de Abílio Gontijo para Belo Horizonte permitiu a consolidação de outro marco na história de sua empresa, ocorrido também em 1965. Nesse ano, a empresa começa a fazer heroicamente as linhas Belo Horizonte - Governador Valadares e Belo Horizonte -Teófilo Otoni.
A penetração da Gontijo nessas cidades permitiu que a empresa engrenasse uma terceira marcha no ritmo de sua história. No correr da segunda metade da década de 60, a empresa ampliou o número de linhas nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, a partir de Valadares e Teófilo Otoni. Tornou-se forte, também, no Vale do Jequitinhonha, chegando até o ponto extremo da região, a cidade de Salto da Divisa. Hoje, a Gontijo serve dezenas de cidades nessas regiões.
Pioneirismo
A conquista dessas novas regiões de Minas evidenciava, naquela época, uma característica marcante na história da Gontijo: a vocação para o pioneirismo. As viagens para aquelas regiões eram verdadeiras aventuras, especialmente no período de chuvas. O percurso Belo Horizonte - Teófilo Otoni, hoje feito em 7h30min, em algumas ocasiões era vencido em nada menos que três dias.
Os motoristas levavam enxadas nos ônibus, já que só o comando do veículo não era suficiente para chegar ao destino. Era comum, naquele tempo, as viagens transformarem-se em caravanas. Uma Toyota ia na frente, com pessoal equipado para reparar pontes de madeira, mata-burros e consertar trechos intransitáveis em locais como, por exemplo, a Estrada do Boi, hoje asfaltada, no trecho Teófilo Otoni - Nanuque, já quase na divisa com a Bahia.
1968 - Compra da Viação Santa Marta (Belo Horizonte-Triângulo Mineiro).
Na segunda metade da década de 60, mais precisamente em 1968, a empresa conquistou outra fatia importante do mercado. A Gontijo incorporou a Viação Santa Marta, concessionária das linhas que ligavam Belo Horizonte ao Triângulo Mineiro. A empresa amplia então sua atuação com a presença numa das mais desenvolvidas regiões do estado.
1975 - Primeiras linhas de longo percurso: Belo Horizonte-Salvador e São Paulo-Bom Jesus da Lapa.
A Gontijo já tinha então todas as condições de romper as fronteiras de Minas, colocar o pé na estrada e ganhar o Brasil. Em 1975, Abílio Gontijo realizou um sonho, com um lance no qual a sorte teve papel fundamental. Ganhou num sorteio (foi a fórmula de uma concorrência promovida pelo DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) a linha Belo Horizonte - Salvador. Ainda na década de 70, a Gontijo passou a ligar a capital mineira também a Goiânia, Recife e Campo Grande, firmando sua competência para realizar viagens de longo percurso. A segunda metade da década de 70 foi marcada pela incorporação de várias linhas e empresas pela Gontijo. Foi um período de grande aperfeiçoamento técnico e crescimento da empresa.
1981 - Em 13/02/81, é inaugurado o Parque Rodoviário Gontijo, em Belo Horizonte, um marco de modernização.
Ao final dos anos 70, a empresa já possuia mais de 300 ônibus e necessitava de uma estrutura maior para dar suporte à continuação de sua viagem de sucesso.
Em 1981, era inaugurado o Parque Rodoviário Gontijo, no bairro Engenho Nogueira, em Belo Horizonte. Ele é, hoje, um dos mais modernos centros administrativos e de manutenção de empresas de transporte no país, com uma área de aproximadamente 100.000 metros quadrados e capacidade de operação para 1.800 ônibus.
1982 - Expansão em relação ao Nordeste para o Sudeste. A empresa é reestruturada.
A Gontijo acelerou fundo em direção ao Nordeste, procurando principalmente estabelecer uma ligação com São Paulo, e aproveitou uma grande oportunidade. Comprou a Viação Bonfinense, com seus 140 ônibus e várias linhas ligando São Paulo ao Nordeste, e abriu definitivamente as portas para um mercado que hoje responde por cerca de 35% do movimento da empresa.
1982 a 1993 - Expansão, crescimento, manutenção e aperfeiçoamento, construção de novas garagens em diversos pontos do país.
A Gontijo concentra seus esforços principalmente no aperfeiçoamento da qualidade de seus serviços para solidificar a estrada que a conduzirá aos próximos anos de sucesso.
1996 - Compra da linha Belo Horizonte - São Paulo.
No início do ano 1996, a Gontijo comprou a linha Belo Horizonte - São Paulo e, no final de 1996, disponibilizou uma nova garagem em São Paulo para atender à nova demanda. Esta garagem possui 60 mil m2 e capacidade para 800 ônibus.
1999 - A Gontijo amplia a maior frota de Scania do Mundo. Além de conquistar pela 3ª vez consecutiva o troféu "Melhores do Transporte" na categoria Transporte Rodoviário de Passageiros e o troféu "Melhor entre as Melhores do Transporte".
Em 1999 a Gontijo fechou a maior compra de ônibus rodoviário da história da Scania em todo Mundo, um total de 116 novos chassis de modelos da Série 4, sendo 102 chassis K124 equipados com motor de 420 cv (eletrônico), 6 chassis K124 com 360 cv (motor convencional) e 8 chassis P94 com 310 cv (também convencional).Também em 1999 a Editora OTM atribui o troféu "Melhores do Transporte" 1998, na categoria Transporte Rodoviário de Passageiros para a Empresa Gontijo de Transportes Ltda pela terceira vez consecutiva e a quinta vez na história da empresa.
Concorrendo com empresa de todos os modais de transportes (aéreo, ferroviário, marítimo/fluvial, fretamento/turismo, rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros e metropolitano de passageiros), a Empresa Gontijo de Transportes conquista pela primeira vez na sua história o inédito troféu "Melhor entre as Melhores do Transporte". Para conquistar este troféu a Gontijo apresentou o melhor desempenho em 9 quesitos, avaliados pela Editora OTM, entre as "Melhores do Transporte" dos sete modais do transporte.